quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Desespero

Sinto-me em um escuro gelado, cercada de zumbis, robôs, pessoas automáticas. Até a sensibilidade (quando existe) é automática, forçada, guardada, escondida. Sinto o frio espalhando-se lentamente pela quentura, pela fervura de minhas veias, fazendo o magma tornar-se pedra.
Choro, choro por sentir-me tão única e só conseguir me encontrar em mim. O nó na garganta sempre me enforca, mas o peso no meu peito diminui bruscamente em um abraço.
O mundo é doce e violento demais para mim. Eu sou lenta e sensível, sinto a velhice envolver meu coração. Mas sinto paciência, condolência, nada, nada, nada e nada. Mas sinto.

Um comentário:

Thiago Fonsêca disse...

E acho que teus poros são feitos de choques térmicos.