quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Amargura.

Os meus lábios são amargos. De todas as lágrimas desorientadas, do café sem açúcar nem mel da madrugada insone, do escuro teto do quarto inebriado de lembranças oníricas. Minhas lembranças todas perdidas.
A amargura dos segundos seguintes ao fim de um abraço tão à flor da pele de saudade de uma pessoa que deixou de existir. O sabor da solitude exacerbada de um corpo desconecto da alma e da consciência. Sentimentos vivenciados na imaginação. Desespero! Pensar que eu sou tão pouco. Mas tão em mim. (Implosão).
Mas as pessoas são tão muitas. Quero uma ou duas, no máximo três para desejar confundir minha alma tão cinza e desbotada. Para sorrir os poucos sorrisos que restam, para compartilhar o interior de vez em quando.
Meus lábios estão amargos.

2 comentários:

Thiago Fonsêca disse...

E vivemos a morte aos morrermos em vida. Somos amargura pelo inevitável fatos de sermos.

Juliana disse...

eu consegui sentir o teu desespero nesse texto. mesmo. :)
sua foda! :*